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🔍 Tesouro Direto vs. CDB: A Escolha Que Mudou a Minha Forma de Investir (e Pode Mudar a Sua)

🔍 Tesouro Direto vs. CDB: A Escolha Que Mudou a Minha Forma de Investir (e Pode Mudar a Sua)

Sabe aquele momento em que você percebe que guardar dinheiro na poupança é como colocar água num balde furado?
Pois é. Eu também passei por isso.

Por muito tempo, eu achava que estava “investindo” só porque deixava meu salário dormindo na conta poupança. Até que comecei a estudar de verdade sobre finanças — não aqueles vídeos genéricos que falam mais do que ensinam, mas aprendizados que me fizeram entender, com clareza, o impacto de cada decisão que eu tomava com o meu dinheiro.

Foi aí que dois nomes começaram a aparecer com mais frequência: Tesouro Direto e CDB.

E talvez você também esteja nesse ponto agora, tentando decidir o que faz mais sentido para o seu perfil: segurança ou rentabilidade? Curto ou longo prazo? Governo ou banco?

Se essa é a sua dúvida, eu te entendo. E neste artigo, quero te contar o que descobri nessa jornada, o que vivi na prática e como você pode tomar a melhor decisão para você. Sem fórmulas mágicas. Só a realidade de quem já colocou o dinheiro em jogo — e aprendeu com isso.

Quando tudo mudou: a virada de chave no meu jeito de investir

Vou ser sincero com você.

O que me levou a sair da poupança não foi uma grande promessa de ficar rico. Foi o medo de continuar pobre.

Ver meu dinheiro perder valor mês após mês por causa da inflação foi o alerta que eu precisava. Decidi que precisava fazer algo — e comecei com o que era mais falado na época: o Tesouro Direto.

A ideia de emprestar dinheiro para o governo e ainda ter garantia do Tesouro Nacional parecia segura.
E de fato, é. Mas com o tempo, percebi que segurança não é o único critério que importa. Rentabilidade, liquidez, prazo… tudo isso precisa ser levado em conta, principalmente quando a gente está construindo um plano de longo prazo.

Foi aí que o CDB entrou na jogada.

O que é, na prática, o Tesouro Direto?

Imagine que o governo precisa de dinheiro para financiar educação, infraestrutura, saúde.
Ele emite títulos — como se fossem promessas de pagamento — e você pode comprar esses títulos através de uma plataforma simples, direto do seu banco ou corretora.

Você empresta dinheiro ao governo. E, em troca, ele te paga com juros.

Existem três tipos principais:

  • Tesouro Selic: acompanha a taxa básica de juros. Ideal para quem quer liquidez e segurança.
  • Tesouro Prefixado: você já sabe quanto vai ganhar no vencimento.
  • Tesouro IPCA+: protege da inflação, já que a rentabilidade é composta por IPCA + uma taxa fixa.

O que me atraiu no Tesouro foi a previsibilidade.
Mas nem tudo são flores.

Se você precisar resgatar antes da hora, pode vender com prejuízo — principalmente nos títulos de longo prazo.
E embora o Tesouro seja seguro, a rentabilidade não é sempre a melhor do mercado.

CDB: e se for o banco que te paga os juros?

Quando descobri o CDB (Certificado de Depósito Bancário), confesso que fiquei desconfiado.

“Por que um banco pagaria mais do que o Tesouro?”

Simples: porque ele precisa do seu dinheiro para emprestar a outras pessoas. E, como todo bom negócio, quanto maior o risco (no caso, um banco pequeno), maior a recompensa (juros mais altos).

Existem CDBs que pagam mais de 100% do CDI — o que, na prática, significa rendimentos melhores que a poupança, o Tesouro Selic e até alguns fundos conservadores.

Mas aí vem a pergunta inevitável: é seguro?

A resposta é: sim, até R$250 mil por instituição, por CPF, graças ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Ou seja, se o banco quebrar, você recebe de volta.

E o melhor: existem CDBs com liquidez diária — ou seja, você pode resgatar quando quiser.
Outros têm prazos maiores, mas rendimentos bem mais atrativos.

Tesouro Direto ou CDB? A pergunta que todo mundo me faz

Antes de qualquer coisa, eu sempre respondo com outra pergunta:

“Qual é o seu objetivo?”

Se você quer montar sua reserva de emergência, precisa de liquidez e segurança. Nesse caso, o Tesouro Selic ou um CDB com liquidez diária são os mais indicados.

Mas se o foco for médio ou longo prazo — e você aceita deixar o dinheiro “preso” por um tempo — aí os CDBs com vencimentos maiores e rendimentos mais altos se tornam opções muito interessantes.

A diferença está no detalhe:

CritérioTesouro DiretoCDB
EmissorGoverno FederalBancos (grandes e pequenos)
RiscoMuito baixoBaixo (com FGC)
RentabilidadeModerada e previsívelPode ser mais alta
LiquidezDepende do títuloPode ser diária ou no vencimento
TributaçãoMesma regra de IRMesma regra de IR

A escolha mais inteligente: conhecer o seu perfil

Eu já fui aquele investidor inseguro, que queria tudo garantido e sem dor de cabeça.
Com o tempo, fui ganhando confiança, diversificando e entendendo que não existe resposta única.

Hoje, parte do meu dinheiro está no Tesouro Selic, por segurança. Outra parte, em CDBs de bancos médios, que me pagam bem mais e ajudam a acelerar meus objetivos.

Você não precisa escolher um ou outro. Pode (e deve) usar os dois, de forma estratégica.

Investir não é apostar.
É planejar.

E quanto mais você conhece o seu perfil, mais fácil fica escolher com clareza.

O que eu teria adorado ouvir no começo

Se eu pudesse voltar no tempo e dar um conselho para mim mesmo, seria este:

Pare de buscar “o melhor investimento” e comece a buscar “o melhor investimento para o seu momento de vida”.

Porque a resposta muda.
Muda quando você casa.
Quando você tem filhos.
Quando você perde um emprego.
Ou quando decide empreender.

Investir é uma jornada, não um ponto final.